“Eu morri e ressuscitei graças ao sangue misericordioso de Jesus e graças à intercessão da beata Elena Guerra”, disse Paulo Gontijo, de 63 anos, morador de Uberlândia (MG) que em 2010 teve morte encefálica declarada, mas foi curado pela intercessão da beata Elena Guerra. O reconhecimento deste milagre levou à canonização da apóstola do Espírito Santo no domingo (20), na praça de São Pedro, no Vaticano, junto com outros 13 santos em uma missa celebrada pelo papa Francisco.
O aposentado Paulo Gontijo contou à ACI Digital que o acidente aconteceu quando ele chegou em casa do trabalho. “Em vez de descansar eu resolvi podar uma árvore. Quando eu subi, faltava o último galho, eu puxei e escutei o barulho das folhas soltando. Soltei o galho e cai de cabeça para baixo, de 6 metros de altura, e bati a cabeça numa pedra”.
“A única coisa que eu lembro é que eu falei: ‘Ai meu Deus’”, continuou ele. “Desacordei. Fiquei em coma durante 27 dias”.
“A minha recuperação começou quando pediram a intercessão de santa Elena Guerra”, disse. “Todo mundo da minha diocese, do meu bairro, da minha rua, da cidade fazendo oração na UTI, fazendo novena a beata Elena Guerra, rezando o rosário do Espírito Santo”.
O milagre aconteceu em abril de 2010. O padre Willian Eurípedes García, da diocese de Uberlândia, contou que depois de celebrar a missa, ele foi à UTI para visitar o Paulo que já estava em coma e com morte encefálica. “Pinguei três gotas do precioso sangue de Jesus em sua boca e, imediatamente, instantaneamente, eu vi ali o milagre acontecer”.
“Quando ele abre os olhos, abruptamente mexe seu corpo. E logo após essa reação abrupta, misteriosa e milagrosa, passados alguns dias, o Paulo estava de pé, já quase pronto para ir embora para casa”, continuou o padre.
Para o Paulo, a recuperação maior “foi quando o padre William levou o sangue de Cristo” para na UTI. “Foi o sinal que Deus me deu de que eu não ia morrer. Eu levantei e abri o olho para ele. Foi Jesus falando que eu não ia morrer”.
“Isso é extraordinário. E essa extraordinariedade dos fatos faz com que a beata Elena Guerra avance com o seu processo para a canonização”, disse o padre Willian.
“Foi esse milagre com o Paulo Gontijo, com o sangue de Cristo, após a celebração da Santa Missa, que favoreceu, no processo de canonização, a elevação ao grau de santidade da beata Elena Guerra”.
Paulo Gontijo participou da missa de canonização de Elena Guerra no domingo, na Praça de São Pedro, no Vaticano, junto com a sua mulher Maria Roseli Ribeiro Gontijo, com quem está casado há 36 anos e tem dois filhos e sete netos. Ele também estava acompanhado do padre Willian e cerca de 50 fiéis e amigos da diocese de Uberlândia.