“Vim para encontrar e encorajar os católicos desta ilha, bem como para rezar com eles”, disse o Papa Francisco em seu discurso na cerimônia de boas vindas no Sri Lanka nesta terça-feira, 13. Nas palavras iniciais em solo asiático, o Santo Padre recordou momentos sensíveis da realidade cingalesa, dizendo que a herança dos conflitos civis devem ser superados com o bem.
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Francisco observou que a incapacidade de conciliar diferenças fez surgir tensões étnicas e religiosas. Ele lembrou que, por anos, o Sri Lanka sofreu com o conflito civil e agora procura consolidar a paz e curar as feridas desse período.
“Não é tarefa fácil superar a amarga herança de injustiças, hostilidades e desconfiança deixada pelo conflito. Só se pode conseguir superando o mal com o bem (cf. Rm 12, 21) e cultivando aquelas virtudes que promovem a reconciliação, a solidariedade e a paz”.
Nesse processo de reconciliação, o Santo Padre mencionou o papel essencial dos seguidores das várias tradições religiosas e defendeu o trabalho conjunto envolvendo todos os membros da sociedade. E o mais importante é que saibam aceitar uns aos outros, respeitando as diversidades.
“Quando as pessoas se ouvem humilde e francamente umas às outras, pouco a pouco vão aparecendo mais visivelmente os valores e aspirações comuns. A diversidade será vista, não já como uma ameaça, mas como uma fonte de enriquecimento”.
O Santo Padre destacou também que a reconstrução do país deve prover melhorias nas infraestruturas, mas também promover a dignidade humana e a inclusão de todos na sociedade.