No próximo dia 11 de maio, Domingo do Bom Pastor, todas as comunidades eclesiais do mundo inteiro são convidadas a rezar pelas Vocações.
O Dia Mundial de Oração pelas Vocações foi instituído pelo Papa Paulo VI, há 51 anos.
Baseados nos ensinamentos de Jesus, podemos afirmar que as Vocações nascem na e da oração; somente na oração podem perseverar e dar fruto.
A Mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, com o tema: “Vocações, testemunho da verdade”, foi inspirada na compaixão de Jesus pelas multidões e na urgência da missão.
Percorrendo os povoados, vendo as multidões abatidas, como ovelhas que não têm pastor, Jesus encheu-se de compaixão e disse: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!” (Mt 9, 37-38).
Sabemos como são necessárias as vocações para a vida, o testemunho e a ação pastoral de nossas comunidades eclesiais. Sabemos igualmente que a escassez ou diminuição das vocações é, muitas vezes, consequência do esfriamento na fé e no fervor espiritual. Onde, porém, há vida, fervor, paixão de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas (cf. EG, 107).
No tempo de Jesus como hoje, a voz de Cristo continua a ressoar na Igreja, batendo à porta dos corações, convidando-os a abraçar uma vocação e segui-Lo… Entretanto, para colocar-se a serviço do Reino é necessário ouvir a voz de Cristo e deixar-se transformar interiormente pelas suas palavras.
Em sua Mensagem para o próximo Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Francisco ressalta ainda que “a vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto de uma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na boa terra do povo fiel, na experiência do amor fraterno” (n. 3).
Embora tenhamos de enfrentar provações e fascínios mundanos em nosso discernimento vocacional, jamais devemos desanimar nem esmorecer na busca da “medida alta” da vida cristã ordinária (cf. NMI, 31), que é a santidade. Porquanto, “todos os fiéis, seja qual for o seu estado ou classe, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (LG, 40).
Não tenhamos medo de “perder nosso tempo livre” e empregá-lo nas coisas de Deus. Nessa missão não há “veneno perigoso”, pelo contrário, “a verdadeira alegria dos chamados, continua o Papa, consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e com Ele podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus, abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes” (n. 4).
Enfim, abramos nosso coração e acolhamos o convite do Senhor da Messe. Rezemos sem cessar pelas Vocações e intensifiquemos nossa colaboração com Deus no serviço do Reino. Assim, a colheita será proporcional à graça que fizermos frutificar.
Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Diocesano de Santo André