Nossa situação está difícil. O país não está bem, e o sinal mais preocupante é a falta de esperança. Uma nuvem de tristeza baixou sobre nossa Nação.
Não se pode negar, que grande parte da culpa desta situação está nos maus políticos que temos. A maioria não segue os padrões éticos que são a opção pelo caminho do bem, da lei e da justiça.
A ética regula os relacionamentos entre as pessoas e as instituições, e é a base da vida social.
Para o bem da sociedade, é necessário que todos sejam justos, honestos e tenham respeito com os semelhantes. Sem a ética na política, a corrupção toma conta. A corrupção é uma “doença” grave e contagiosa. Ela estimula o crime, inclusive o de “colarinho branco”. E a impunidade somente acentua esta doença.
O papa Francisco disse aos políticos latino-americanos, em dezembro de 2017: “Há necessidade de dirigentes políticos que vivam com paixão o seu serviço ao povo; solidários com seus sofrimentos e esperanças; políticos que anteponham o bem comum aos seus interesses privados; que sejam abertos a ouvir e a aprender no diálogo democrático, que conjuguem a busca da justiça com a misericórdia e a reconciliação”.
No entanto, devemos fazer a nossa parte e votar bem! Não deixe de votar, pois sua ausência enfraquece a democracia. Não venda ou troque seu voto, porque é um crime eleitoral. Você não deve mudar de opinião por influência da mídia ou amigos, e tenha cuidado com as notícias falsas.
Além do mais, você precisa conhecer o político, o partido e a coligação. Fique atento para não se deixar influenciar pelas pesquisas.
Precisamos ainda, respeitar sempre a opinião do outro e conviver com o diferente. E acima de tudo, nosso voto seria incompleto se deixássemos de acompanhar, controlar e fiscalizar o exercício do cargo do candidato eleito.
No dia 20 de agosto, inicia-se a propaganda eleitoral, e no último dia de agosto, tem início a propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão. Em 7 de outubro teremos as eleições.
A Igreja Católica no Brasil é comprometida com a política no sentido amplo do termo: bem comum, paz, justiça, cuidado com a vida e a cidade, cuidado com o povo. Isto é verdadeira política!
Por isso a Igreja deseja a mobilização de todos, pois somos corresponsáveis pela situação em que vivemos. Situação que precisa mudar. E o grande protagonista das mudanças que o Brasil precisa é o povo; é você.
Lembrem-se todos: voto não tem preço, tem consequência!
Dom Pedro Carlos Cipollini
Bispo Diocesano de Santo André