Celebrar o Jubileu de Diamante da Diocese de Santo André é uma ocasião especial que Deus nos oferece para rendermos graças pelas maravilhas que operou em nossa Igreja particular. É igualmente oportunidade ímpar para tomarmos consciência de nossa caminhada pastoral e missionária, prontos e solícitos a tornar nossa Diocese uma Igreja com as portas sempre abertas (cf. EG, 46).
Se há algo a mexer com a nossa consciência missionária é o fato de tantos irmãos e irmãs viverem sem a alegria do encontro pessoal com Cristo, sem uma comunidade de fé e de amor que os acolha e os alimente com o Pão da Palavra e da Eucaristia. Cada Igreja particular é chamada à conversão missionária. Ela é o sujeito primário da evangelização (cf. ibidem, 30). Portanto, nenhuma Paróquia, nenhuma Comunidade eclesial, ninguém se exclua de “sair” para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo!
Na abertura do Ano Jubilar foi proposto um esforço comum no crescimento de nosso sentimento de pertença à Diocese, colaborando decididamente na construção da comunhão eclesial e da unidade entre nós. O testemunho do amor fraterno, da partilha e da solidariedade é condição irrenunciável para impulsionarmos o dinamismo missionário. Na medida em que permitirmos ao Espírito Santo formar em nós a imagem de Cristo, com mais esplendor faremos transparecer o rosto de nossa Igreja. O que se pede a cada diocesano e diocesana é que seja o retrato vivo do Evangelho proclamado e colocado em prática.
É fundamental para a nossa Diocese Jubilar crescer e amadurecer no estilo de ser Igreja proposto pelo Concílio Vaticano II e pelo Papa Francisco, sobretudo, no que se refere às exigências atuais da ação evangelizadora.
A Romaria que faremos ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no próximo dia 21 de junho, quer demonstrar nossa devoção mariana, nossa gratidão filial à Virgem Santíssima, venerada como Padroeira em 35 Paróquias e 91 Capelas da Diocese.
Convém ter presente ainda que “romaria” não é um simples passeio turístico, mas um ato de fé. Por isso, nossa romaria fará sentido na medida em que o romeiro fizer a experiência de uma peregrinação interior, isto é, de conversão, de renovação e de reavivamento espiritual, comprometendo-se e engajando-se de maneira mais consciente no Plano Diocesano de Pastoral.
Participar da “romaria diocesana” deverá ser, outrossim, um gesto de comunhão de todas as Paróquias e Comunidades da Diocese. Nenhuma Paróquia se exclua deste momento forte do Jubileu diocesano.
Não transformemos as celebrações jubilares em resistência perigosa para não mergulharmos numa “acédia paralisadora” (cf. EG, 81). Sendo impossível ir a Aparecida, não deixemos de visitar um enfermo, uma pessoa idosa, um prisioneiro, realizando uma peregrinação a Cristo em cada um deles.
Os frutos de nossa “romaria jubilar” dependerão da intensidade espiritual com que cada um dela participar.
Nossa Senhora Aparecida está esperando os romeiros e romeiras da Diocese de Santo André de coração aberto para abraçar e abençoar seus filhos e filhas que a Ela acorrerem.
Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Diocesano de Santo André