Na Audiência Jubilar deste sábado, 10, o Papa Francisco falou sobre a relação entre a redenção e a misericórdia e denunciou que o homem atual não aceita a ideia de ser salvo por Deus porque se crê autossuficiente.
“O homem de hoje custa a aceitar a ideia de ter que ser salvo por Deus. Pensa poder salvar-se sozinho com o poder de sua liberdade. Mas isto não é mais que uma ilusão: nossa vida está marcada pela fragilidade do pecado e pelas numerosas escravidões que criamos em nome de uma falsa liberdade”.
“Precisamos –continuou– que Deus nos salve e liberte de toda classe de indiferença, egoísmo e autossuficiência. Jesus Cristo se sacrificou por nós para nos dar uma nova vida, cheia de perdão, amor e alegria”.
Francisco comentou que “Deus se ‘atua’ na Redenção, quer dizer, na salvação que nos é doada com o sangue de seu Filho Jesus”.
“A palavra ‘redenção’ é pouco usada, entretanto é fundamental porque indica a mais radical libertação que Deus podia fazer para nós, para toda a humanidade e para toda a criação”.
O Pontífice denunciou as “novas formas de escravidão criadas em nossos dias em nome de uma falsa liberdade” e explicou que “temos necessidade de que Deus nos liberte de toda indiferença, egoísmo e autossuficiência”.
Francisco recordou a Boa Nova da ressurreição de Jesus, “o Cordeiro que foi sacrificado por nós, para que nós pudéssemos receber uma nova vida feita de perdão, de amor e de alegria”.
“Não esqueçamos nunca que nas angústias e nas perseguições, como nas dores cotidianas, somos libertos pela mão misericordiosa de Deus que assim nos leva e nos conduz a uma vida nova”.
Em definitiva, “toda nossa vida, embora marcada da fragilidade do pecado, é posta sob o olhar de Deus que nos ama”.
“Quanto mais estamos na necessidade, mais seu olhar sobre nós se enche de misericórdia”, concluiu o Pontífice.