Maio é o mês de Maria. Todos os dias deste mês são consagrados e entregues a Ela. Cada dia de maio a Mãe espera receber a nossa devoção filial e carinhosa. Olhando amorosamente para Ela, queremos imitar suas virtudes e dela aprender a conhecer mais e amar melhor seu Filho Jesus.
Graças à sua docilidade completa ao Divino Paráclito, os Apóstolos acudiram a Nossa Senhora para preparar o Pentecostes. Com efeito, “todos eles perseveravam unidos em oração com Maria, a Mãe de Jesus” (At 1, 14). Sua solicitude materna é indispensável em nossa caminhada na vida cristã. A Virgem Santíssima foi apontada por São João Paulo II como “aurora luminosa e guia segura do nosso caminho” (NMI, 58).
O Espírito Santo é o primeiro dom da Ressurreição. Ele continuará a obra redentora de Jesus Cristo. Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, vai atualizando na Igreja e na vida de cada batizado os frutos da redenção. Será a alma da Igreja, estará presente e operante nos sacramentos, renovará a face da terra: “Eis que faço novas todas as coisas”(Ap 21, 5).
A Solenidade de Pentecostes é a grande festa da Igreja nascente. Maria está presente não para receber o Espírito Santo, mas para dá-lo. Está lá como aquela que foi a primeira a receber a plenitude do Espírito Santo, antes da anunciação (cf. Lc 1, 26 – 38) e, depois, no Calvário, quando Jesus, ao morrer, “entregou o Espírito” (Jo 19, 30).
Assim como Maria esteve presente no nascimento e na infância de Jesus, assim também marcou presença materna no nascimento da Igreja.
Podemos dizer ainda que, segundo Lucas, em seu Evangelho e nos Atos dos Apóstolos, Maria esteve presente tanto no nascimento e na infância de Jesus, como também no nascimento e na infância da Igreja. Com isso, o evangelista quis evidenciar a continuidade histórica entre Jesus, nascido de Maria por obra do Espírito Santo, e a Igreja, nascida por obra do Espírito Santo, ainda estando presente Maria.
A Mãe de Jesus e da Igreja está presente, outrossim, na comunidade dos discípulos e discípulas de Cristo, onde quer que haja seguidores e seguidoras do Ressuscitado, onde quer que fiéis cristãos se reúnam em oração comum, à espera do Espírito do Senhor que os faz testemunhas pascais.
A exemplo da Virgem Maria, acolhamos com alegria e docilidade a ação do Espírito Santo em nosso peregrinar na fé, na esperança e na caridade.
Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Diocesano de Santo André