Santo Padre destacou que a fé não precisa aparecer, mas ser operante na caridade
A nossa vida é uma “vida cristã de cosmética, de aparência, ou é uma vida cristã com a fé operante na caridade?”. Esse foi o questionamento do Papa Francisco na homilia desta terça-feira, 14, na Casa Santa Marta. O Santo Padre destacou que a fé não é somente recitar o Creio, mas exige desprender-se da avidez e da cobiça para saber doar aos outros, especialmente aos pobres.
A fé não tem necessidade de aparecer, mas de ser. Não tem necessidade de ser encoberta de cortesias, especialmente se hipócritas, mas de um coração capaz de amar de forma autêntica. O Papa se inspirou no Evangelho do dia – em que o fariseu se admira porque Jesus não lava as mãos, como prescrito, antes de comer – para repetir que Jesus “condena” este tipo de segurança baseada no cumprimento da lei.
“Jesus condena esta ‘espiritualidade de maquiagem’, parecer bons, bonitos, mas na verdade, por dentro, é completamente outra coisa! Jesus condena as pessoas de boas maneiras, mas de más atitudes, aqueles comportamentos que não são vistos, mas são feitos escondidos. Mas a aparência é correta: estas pessoas que gostavam de passear nas praças, para se fazer ver pregando, ‘maquiando-se’ com um pouco de fraqueza quando jejuavam… Por que o Senhor é assim? Vejam que são dois os adjetivos que Ele usa aqui, mas ligados entre si: avidez e maldade”.